Deixa-te ficar...

"Tenho livros e papeis espalhados pelo chão.
A poeira duma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido.
Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ris
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Mmmmmm Que me deixa mais feliz.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...
Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.
Mmmmmmm Afinal, eternamente.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste..."
(Deixa-te ficar na minha casa - Filarmónica Gil)
Não resisti a por esta música aqui.
Talvez por ser tão bonita e dizer tanto ao mesmo tempo.
Talvez por nunca ter entendido estas palavras.
Talvez por fazerem todo o sentido.
E quando paro e penso no que se passa e me revejo aqui...
Caí uma lágrima...de mistura de sentimentos.
Que eu um dia gostava de perceber.
Mas isso já seria entender o significado de tanta coisa...que é tão bom ir desvendando aos poucos. Com todo o seu misticismo.
O tempo que passou, que passa e que terá de passar...a constante Utopia...que já vem de há tantos anos.
E porque existem tantas memórias...tantas marcas, tantos sonhos...uma partida que nunca se chegou a realizar. Um novo dia, uma nova forma...sempre algo novo que fica por explicar.
E porque existem tantas janelas ainda por abrir
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