Sunday, February 26, 2006

L'Hymne de nos Campagnes

Si tu es né dans une cité HLM
Je te dédicace ce poème
En espérant qu'au fond de tes yeux ternes
Tu puisses y voir un petit brin d'herbe
Et les mans faut faire la part des choses
Il est grand temps de faire une pause
De troquer cette vie morose
Contre le parfum d'une rose

{Refrain:}

C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort, use tes cordes vocales!
Pas de boulot, pas de diplômes
Partout la même odeur de zone
Plus rien n'agite tes neurones
Pas même le shit que tu mets dans tes cônes
Va voir ailleur, rien ne te retient
Va vite faire quelque chose de tes mains
Ne te retourne pas ici tu n'as rien
Et sois le premier à chanter ce refrain

{au Refrain}

Assieds-toi près d'une rivière
Ecoute le coulis de l'eau sur la terre
Dis-toi qu'au bout, hé ! il y a la mer
Et que ça, ça n'a rien d'éphémère
Tu comprendras alors que tu n'es rien
Comme celui avant toi, comme celui qui vient
Que le liquide qui coule dans tes mains
Te servira à vivre jusqu'à demain matin!

{au Refrain}

Assieds-toi près d'un vieux chêne
Et compare le à la race humaine
L'oxygène et l'ombre qu'il t'amène
Mérite-t-il les coups de hache qui le saigne ?
Lève la tête, regarde ces feuilles
Tu verras peut-être un écureuil
Qui te regarde de tout son orgueuil
Sa maison est là, tu es sur le seuil...

{au Refrain}

Peut-être que je parle pour ne rien dire
Que quand tu m'écoutes tu as envie de rire
Mais si le béton est ton avenir
Dis-toi que c'est la forêt qui fait que tu respires
J'aimerais pour tous les animaux
Que tu captes le message de mes mots
Car un lopin de terre, une tige de roseau
Servira la croissance de tes marmots !

{au Refrain}

Tryo

Tuesday, February 07, 2006

Escrevo-te...


Escrevo-te…
A ti que me ouves, que me olhas, que me sentes, que me lês.
Escrevo-te com o poder da liberdade.
Sem descriminação.
Escrevo-te sem palavras difíceis.

Sem tópicos, items, etecetras.
Sem lógica ou qualquer razão.
Ou mesmo sentido algum.
Sem pensamentos nas entrelinhas.
Apenas porque preciso.
Para afastar as sombras que me rodeiam, que me roubam aos poucos a luz.
Saída fácil.
Ideia estúpida.
Um subterfúgio à realidade.
Escrevo-te para espairecer.
Para esquecer tudo o que não quero.
Para tentar apagar, em vão, tudo o que me percorre.
Talvez por ser isto uma certeza.
Não mais uma ilusão.
Ninguém apagará estas pequenas linhas.
Porém frágeis. Mas um porto para ti.
Escrevo-te por querer entender.
Ou por querer que me entendas.
Ou só porque sim.
Porque nada mais me ocorre para trazer de novo a luz a um caminho empoeirado.
Apagado talvez.
Cerrado, em obras. Intransmissível.
Mais uma barreira.
Apenas ultrapassada em sonhos.
Escrevo-te para a esquecer.
Ou numa tentativa inútil de a ultrapassar.
Escrevo-te sem censura.
Sem palavras cortadas.
Sem qualquer risco.
Sem quaisquer jogos mentais.
Escrevo-te num pedido de socorro.
De ajuda.
Escrevo-te para me libertar deste peso.
De todas estas palavras que sufocam.
Escrevo-te numa tentativa ilusória da busca de um caminho.
Numa forma de apagar sentimentos que não querem ser sentidos.
Escrevo-te para que as palavras saiam de mim.
Transparecem num outro lugar, que não eu.
Escrevo-te para ti, para todos, para um mundo encoberto, para uma realidade desconhecida.
Para que tudo o que sinto passe a transparecer num papel.
Não em mim.
Não nos meus sorrisos focados ou nas lágrimas caídas.
Por culpa de algo que não consigo proferir.
Está tatuado tão profundamente que não sai.
Independentemente de todas estas palavras escritas.
Esta fica.
Escrevo-te…mas esta última de significado absoluto, não a consigo transmitir, de forma a conseguir oprimi-la.
Apagá-la de mim.