L'Hymne de nos Campagnes
Si tu es né dans une cité HLMJe te dédicace ce poèmeEn espérant qu'au fond de tes yeux ternesTu puisses y voir un petit brin d'herbeEt les mans faut faire la part des chosesIl est grand temps de faire une pauseDe troquer cette vie moroseContre le parfum d'une rose{Refrain:}
C'est l'hymne de nos campagnesDe nos rivières, de nos montagnesDe la vie man, du monde animalCrie-le bien fort, use tes cordes vocales!Pas de boulot, pas de diplômesPartout la même odeur de zonePlus rien n'agite tes neuronesPas même le shit que tu mets dans tes cônesVa voir ailleur, rien ne te retientVa vite faire quelque chose de tes mainsNe te retourne pas ici tu n'as rienEt sois le premier à chanter ce refrain{au Refrain}
Assieds-toi près d'une rivièreEcoute le coulis de l'eau sur la terreDis-toi qu'au bout, hé ! il y a la merEt que ça, ça n'a rien d'éphémèreTu comprendras alors que tu n'es rienComme celui avant toi, comme celui qui vientQue le liquide qui coule dans tes mainsTe servira à vivre jusqu'à demain matin!{au Refrain}
Assieds-toi près d'un vieux chêneEt compare le à la race humaineL'oxygène et l'ombre qu'il t'amèneMérite-t-il les coups de hache qui le saigne ?Lève la tête, regarde ces feuillesTu verras peut-être un écureuilQui te regarde de tout son orgueuilSa maison est là, tu es sur le seuil...{au Refrain}
Peut-être que je parle pour ne rien direQue quand tu m'écoutes tu as envie de rireMais si le béton est ton avenirDis-toi que c'est la forêt qui fait que tu respiresJ'aimerais pour tous les animauxQue tu captes le message de mes motsCar un lopin de terre, une tige de roseauServira la croissance de tes marmots !{au Refrain}
Tryo
Escrevo-te...
Escrevo-te…
A ti que me ouves, que me olhas, que me sentes, que me lês.
Escrevo-te com o poder da liberdade.
Sem descriminação.
Escrevo-te sem palavras difíceis.Sem tópicos, items, etecetras.Sem lógica ou qualquer razão.Ou mesmo sentido algum.
Sem pensamentos nas entrelinhas.
Apenas porque preciso.
Para afastar as sombras que me rodeiam, que me roubam aos poucos a luz.
Saída fácil.
Ideia estúpida.
Um subterfúgio à realidade.
Escrevo-te para espairecer.
Para esquecer tudo o que não quero.
Para tentar apagar, em vão, tudo o que me percorre.
Talvez por ser isto uma certeza.
Não mais uma ilusão.
Ninguém apagará estas pequenas linhas.
Porém frágeis. Mas um porto para ti.
Escrevo-te por querer entender.
Ou por querer que me entendas.
Ou só porque sim.
Porque nada mais me ocorre para trazer de novo a luz a um caminho empoeirado.
Apagado talvez.
Cerrado, em obras. Intransmissível.
Mais uma barreira.
Apenas ultrapassada em sonhos.
Escrevo-te para a esquecer.
Ou numa tentativa inútil de a ultrapassar.
Escrevo-te sem censura.
Sem palavras cortadas.
Sem qualquer risco.
Sem quaisquer jogos mentais.
Escrevo-te num pedido de socorro.
De ajuda.
Escrevo-te para me libertar deste peso.
De todas estas palavras que sufocam.
Escrevo-te numa tentativa ilusória da busca de um caminho.
Numa forma de apagar sentimentos que não querem ser sentidos.
Escrevo-te para que as palavras saiam de mim.
Transparecem num outro lugar, que não eu.
Escrevo-te para ti, para todos, para um mundo encoberto, para uma realidade desconhecida.
Para que tudo o que sinto passe a transparecer num papel.
Não em mim.
Não nos meus sorrisos focados ou nas lágrimas caídas.
Por culpa de algo que não consigo proferir.
Está tatuado tão profundamente que não sai.
Independentemente de todas estas palavras escritas.
Esta fica.
Escrevo-te…mas esta última de significado absoluto, não a consigo transmitir, de forma a conseguir oprimi-la.
Apagá-la de mim.